Casal Lacerda

Quadro Casal Lacerda

Para justificar a tese de que a Apometria foi e é uma parceira com o mundo espiritual, transcrevemos relato de Dona Yolanda, feito a este escriba, no início de 1997: “Barradas, certa noite, no início da década de 70, fui levada em desdobramento, juntamente com o Lacerda, até uma colônia espiritual no astral. Lá chegando, dirigimo-nos a um grande edifício de linhas sóbrias, no qual entramos sem qualquer hesitação. No saguão principal, fomos recebidos por um simpático casal: um senhor algo circunspecto e uma senhora amável e sorridente. Após os cumprimentos habituais, fomos informados de que a dama me acompanharia em um passeio pela colônia espiritual, e o Lacerda acompanharia o cavalheiro. Antes de seguir com minha anfitriã, percebi que o Lacerda e seu companheiro entraram em uma espaçosa sala de estudos, dotada de grande lousa, onde estavam anotadas diversas fórmulas físico-matemáticas.

De imediato dirigimo-nos até uma plataforma, onde nos esperava um jovem postado junto a um veículo oval, sem rodas, espécie de aeromóvel, no qual, sob sua hábil direção, decolamos e visitamos a colônia e suas cercanias. Voamos sobre um vale coberto de árvores verdíssimas, gramados e jardins floridos de rara beleza. À esquerda, percebi uma montanha em cuja encosta se postavam inúmeros chalés em estilo suíço. Perguntei à acompanhante do que se tratava, e ela gentilmente me informou que aquele era o bairro onde residiam os cientistas. Concluído o agradável passeio, dirigimo-nos ao saguão do edifício já mencionado, onde reencontramos o Lacerda e o senhor que nos recebera. Percebi, então, que o mesmo entregou ao Lacerda um caderno grosso ou livro de capa dura de cor verde-escuro, e disse-lhe:

“Aqui tens todas as informações de que necessitas para realizares tua tarefa’ – A seguir despedimo-nos e, ao retornar ao corpo, percebi que o Lacerda dormia profundamente. Acordei-o e contei sobre o que vivenciara no mundo astral, e ele respondeu-me que não se lembrava de nada e voltou a dormir tranquilamente.”

Texto extraído da apresentação no Seminário 50 anos de Apometria: Uma Casa além do Jardim, palestra: “História da Apometria” por Carlos Barradas (2015).

Nessa fecundidade de acolhimento da Casa do Jardim, ficará sempre na nossa lembrança a figura do casal mais acolhedor, amoroso e fraterno (…) Seremos eternamente gratos ao Dr. Lacerda e à Dona Yolanda pela dedicação e dignidade de espíritos elevados que assinalaram o tempo em que conviveram conosco.

DONA IOLANDA

I     Indo e vindo,
O    ontem, hoje e amanhã
L     longe e perto
A     ainda que triste, mas sorrindo
N     nasceu como o ar de bela manhã
D     dando de si o que achou mais certo
A     Agora, que o tempo passou tão incerto

L     lágrimas rolaram tantas, que
A     abandonaram os lenços e,
C     correntezas dessas lágrimas
E     entraram nos rios
R     rompendo barreiras
D     deram voltas para o mar.
A     Agora, solitária, não sabe como este pranto e a saudade curar.

                                                 Apócrifo de Rute Lemos Sandin a Dona Yolanda

Dona Iolanda e seu esposo Dr. José Lacerda de Azevedo foram responsáveis diretos, junto aos irmãos colaboradores, encarnados e desencarnados, pela criação da nossa querida Casa do Jardim. Ofereço estas linhas para esta querida irmã, pois presenciei com muita saudade e tristeza o seu choro triste, após o desencarne de seu querido “Zé”. Com carinho, Rute

A foto Casal Lacerda foi uma doação de André Doogers/1985